segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Como ajudar seus alunos a desenhar mais.

Olá! sinto em você uma ansiedade em saber a resposta a essa questão. Calma! Se você busca aqui respostas prontas, desculpe, não posso te ajudar. Porém, podemos refletir juntos sobre as possibilidades a esse problema enfrentado por tantos professores de artes visuais.
Preciso fazer algumas perguntas:
  1. Com que  frequência você vai a exposições de artes, ao teatro, mostras fotográficas, ao cinema ou outras coisas do tipo?
  2. Você desenha, pinta, fotografa, modela, faz algum tipo de artesanato ou qualquer outra manualidade?
  3. Você já levou seus alunos ao museu, desenvolveu algum projeto que incluísse a visita ao museu? Ou os orienta a fazer visitas a museus quando estão em viagem com suas famílias? 
  4. Existe um planejamento das suas aulas onde as imagens dialogam com os conteúdos propostos?
  5.  Com que frequência você leva imagens* para a sala de aula?
  6. Você tem lido ultimamente? O que? Livros, jornais, HQs, artigos científicos,  quadrinhos, contos, crônicas, poemas, romances ?
Trago aqui essas questões não para dizer o que devam fazer ou não, mas minha intenção e refletirmos juntos e pensarmos de que ferramentas podemos usar para fomentar essa pratica da desconstrução das imagens e desenhos estereotipados.
A partir da minha pouca experiência em sala de aula, notei que, quanto mais referencias visuais e culturais tivermos maior podem ser as possibilidades de desconstrução dos desenhos estereotipados, isso inclui os referenciais do professor e do aluno.
Acredito no professor artista ou artista professor que faz de sua prática artística instrumento base para pensar suas aulas e sua orientação junto aos alunos. O professor precisa ter acesso aos bens culturais de maneira constante e munir-se desse aparato cultural. Penso que estar em contato com as manifestações artísticas,  todas elas, enriquecem nossa biblioteca visual e perceptiva e podem favorecer esse processo.

Penso que ações assim podem motivar você e seu alunos a desenhar mais, de maneiras diversas e a construir outros olhares, isso aliado a um planejamento fundamentado no contexto dos alunos, pois saber o que interessa os estudantes é muito importante.
Esse assunto não se encerra, estamos dialogando, se lembra? Só comecei a conversa, aguardo seus comentários e vamos conversando sobre isso...

*Imagem: considerando como imagem desenhos, quadrinhos, ilustrações, publicidade, fotografias, imagens de obras de arte, filme, animações, dentre outras.

O conceito de imagem, parecendo à uma primeira abordagem de simples definição revela-se, após um estudo mais aprofundado, como de difícil precisão. Desde os primórdios da história do conhecimento que filósofos e pensadores se debruçam sobre a complexa relação que une imagem e realidade, bem como sobre as respectivas definições. Já no livro sexto da República Platão se debruça sobre o problema, definindo imagem como “... primeiramente [as] sombras depois [os] reflexos que se vêem nas águas ou na superfície dos corpos opacos, polidos e brilhantes, e a todas as representações semelhantes” Mais tarde, a retórica medieval define imagem como “aliquid stat pro aliquo” algo que está em lugar de uma outra coisa, apontando já para algo que pode ser fabricado. No entanto, qualquer que sejam as posições teóricas adotadas  parece incontornável que se entende por imagem algo utilizado para representar uma outra coisa, na sua ausência, existindo em qualquer imagem três dados incontornáveis: uma seleção da realidade (que em casos-limite pode passar por excluir qualquer representação da realidade – veja-se a pintura não-figurativa), uma seleção de elementos representativos, uma estruturação interna que organiza os referidos elementos. Da relação complexa que une imagem e realidade lhe advêm o seu carácter quase mágico que lhe permite simultaneamente representar um objecto e sua ausência, e que a leva a ser encarada –sobretudo quando o objecto sobre o qual se debruça é a representação humana – com notáveis reticências pela grande maioria das religiões. De um ponto de vista pedagógico, também durante longo tempo foi a imagem alvo de grande desconfiança pois, “se é imprópria para produzir argumentação, a imagem é porém notável para intensificar o ethos e o pathos.” Acessado em : http://www.ipb.pt/~jsergio/Imagem.html

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